"... para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." (Ef 3.19)

Blog consagrado à divulgação de breves reflexões do pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude.
A sua visita é bem vinda e o seu comentário, ao final da cada texto, será considerado com prazer.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A podagem de Deus

No meu local de trabalho há um bosque apreciado por todos, por sua beleza natural e suas múltiplas utilidades. A sombra das bem cuidadas árvores motivam as pessoas a um conversa informal, respirando um ar ricamente oxigenado, tendo como teto sua copagem verde e florida onde pardais apresentam afinadas sinfonias vespertinas. Até os menos sensíveis apreciam esse arvoredo, ao menos, por oferecer sombra fresca e gratuita a seus preciosos automóveis.

Recentemente, uma podagem aparentemente descabida gerou revolta em não poucos usuários e admiradores do bosque. Confesso, eu próprio senti um misto de perplexidade e tristeza diante de tantos galhos e folhagens decepados pela sanha de serras e facões.

Procurei o responsável – curiosamente, um defensor da natureza – que brandamente disse-me: “Todas as árvores carecem de podas, por uma ou outra razão. Algumas, a poda de manutenção, para eliminar focos de fungos e parasitas daninhos; outras, a poda de segurança, para evitar acidentes com terceiros; até mesmo a poda de conformação é necessária, para manter a beleza dos arbustos. Isto, sem considerar as fruteiras que devem ser podadas para dar bons frutos"!

Como pastor, não pude deixar de meditar no tema, sob uma perspectiva espiritual. Algumas vezes – de modo inesperado e incompreensível, para alguns – a poda de Deus ocorre na igreja. Pessoas aparentemente integradas ao verdadeiro cristianismo (numa metáfora bíblica, 'oliveiras bravias enxertadas na boa oliveira', cf. Rm 11.24) são “podadas” por razões nem sempre reveladas.

O próprio Senhor Jesus Cristo advertiu: “Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mateus 7.19); e, “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada” (Mateus 15.13).

Ele próprio, o Senhor, colocou-se como um arbusto nas mãos de Deus:

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda." (Jo 15.1,2).

E sabemos, por Sua Palavra, que “o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). E que toda podagem – mesmo quando feita por Deus – em princípio não gera alegria, mas tristeza; embora, sempre produza o bem para o qual foi determinada (cf. Hb 12.11).

Realmente, para que a igreja permaneça saudável, faz-se necessário poda de manutenção, para eliminar 'organismos daninhos'; de segurança, para retirar algum ramo potencialmente causador de acidentes; ou, de conformação, para manter a beleza original da igreja. Mas, tudo pela ação exclusiva da Palavra!

Ademais, está escrito que “não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto” (cf. Mc 6.43).

Irmãs amadas e irmãos amados, mesmo na condição de ‘zambujeiro enxertado na videira’, somos autêntica “plantação de Deus”. Permitamos que o Espírito Santo promova a limpeza necessária em nosso ser, adequando-o ao viver perfeito diante do Senhor; assim, estaremos isentos de ser ‘cortados e lançados no fogo’, como ‘ramos’ sem valor.

Quem sou eu

Minha foto
Pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude (Sede: Catedral da Plenitude, Natal/RN). Professor do Instituto Federal do RN (Campus: Central, Natal/RN).