Efésios (12.5). E, mais adiante, no contexto: “Não torneis a ninguém mal por mal” (12.17a).
Palavras ungidas da sabedoria divina, emanadas da mente incomparável de Deus e divulgadas pela inspiração do seu Santo Espírito.
A primeira recomendação paulina, entendo ser de fácil aplicação, já que associar-se à alegria é atrativo à alma e a solidariedade é parte intrínseca do espírito humano.
Quanto à segunda, parece-me haver um pouco de resistência à sua prática, notadamente em situações nas quais determinadas atitudes revelam um ser humano mais hediondo que a mais brutal das criaturas de Deus. Esse é o caso, julgo eu, que envolveu a família de Edward ROBINSON de Barros CAVALCANTI.
Não conheci, tanto assim, a pessoa do ilustre professor, conferencista, teólogo e bispo anglicano, ao ponto de sentir-me qualificado para julgar a magnitude de sua vida e trajetórias: nos ambientes da família, da academia, da igreja e da sociedade, em geral.
No primeiro encontro que tive com o bispo Robinson Cavalcanti, recebi-o como convidado para um fórum de debates, na Rádio Nordeste Evangélica, em Natal. Impressionou-me sua pujança intelectual, conhecida em boa parte do mundo.
Num segundo momento, pude vê-lo celebrar o casamento de meus filhos, Gustavo Gilson e Anna Luiza; ambos, presentemente, professores doutores da UFPE. Daquela ocasião, ressalto a sensibilidade humana que D. Robinson demonstrou ao longo do rito matrimonial.
Poucos anos após, participei da sagração do Rev. Gustavo Gilson, na Capela do Campus da UFRN, evento no qual o ministrante cedeu-me o seu púlpito para um improvisado depoimento acerca da palavra profética na vida do presbítero consagrado.
Por fim, num derradeiro encontro, fui convidado e recebido – mesmo sendo ministro assembleiano – para compartilhar a Palavra num encontro de clérigos e leigos da IEAB-Recife. A generosidade do convite pareceu-me que não se repetiria, ante a veemência do discurso pentecostal que o Senhor concedeu-me, naquela reunião.
Razoáveis divergências de visão doutrinária, de compreensão da missão da igreja ou, mesmo, de ideologias políticas; nada, em absoluto, reduz ou acrescenta valor ao meu julgamento do quadro de indescritível estupidez e desamor que cortou a linha da vida terrena e encerrou a carreira de D. Robinson e de sua esposa, a Profª Mírian Cavalcanti, inaceitáveis entre seres minimamente bafejados pelo sopro de Deus!
Que o Senhor os acolha em sua infinita misericórdia e recompense as frutuosas obras de suas mãos.
Irmãs amadas e irmãos amados, encerro com uma outra propositura paulina, extraída da Palavra e de minha mente e alma cristãs:
a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” (1Co 5.3,5).