"... para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." (Ef 3.19)

Blog consagrado à divulgação de breves reflexões do pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Confessando a Jesus diante dos homens

Uma prática bastante comum, notadamente nas igrejas cristãs pentecostais, era fazer-se "apelos" às pessoas presentes aos cultos para que elas confessassem, publicamente, a Jesus Cristo como Salvador pessoal.

Essa postura, com o passar dos anos, foi sendo abandonada pela maioria dos pastores e igrejas, supostamente, em razão de respeitos humanos ou medo de provocar constrangimentos individuais e coletivos – enfim, aquilo que vem sendo grafado como ‘politicamente correto’ na sociedade contemporânea.

Porém, esse ato confessional tem base doutrinária bastante sólida. Confessar (gr. homologeo) a Cristo significa reconhecer o Seu Senhorio; e isso deve ser feito publicamente, ante outras pessoas, até mesmo aqueles que se opõem ao Seu padrão de existência.

Foi o próprio Jesus Cristo quem ensinou essa prática, conforme registro dos Evangelhos:

“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32).

“E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lc 12.8).

Paulo e João, duas colunas na base doutrinária da igreja cristã, também enfatizaram essa verdade espiritual:

“... Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Rm 10.9)

“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.” (1Jo 4.15)

Atitudes como essa foram vistas em pessoas que conheceram, conviveram e foram testemunhas pessoas do Senhor:

“No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João Batista, cf. Jo 1.29).

“Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.” (O Cego, ante os judeus e fariseus, cf. Jo 9.38).

“Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos” (Novos convertidos, em Éfeso, cf. At 19.18).

“Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas.” (Paulo, perante o governador Felix, cf. At 24.14).

Não confessar ao Senhor Jesus diante dos homens é o mesmo que nega-Lo; e “qualquer que nega o Filho também não tem o Pai” (1Jo 2.23a). Após essa atitude negativa pode ou não haver uma nova chance da pessoa afirma-lo perante a sociedade.

Pedro e Pilatos, são dois exemplos de pessoas que tiveram a oportunidade de tornar público um compromisso pessoal com Jesus Cristo e o não tiveram a ousadia de faze-lo:

“Então, começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.” (Pedro, o discípulo, negando o Senhor, por três vezes, cf. Mt 26.74).

“Então, Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo...” (Pilatos, representante do poder de Roma, abandonando o Senhor à sanha dos Seus acusadores, cf. Mt 27.24).

O primeiro desses – após experimentar sincero arrependimento –, converteu-se de suas atitudes negativas, buscou e encontrou uma nova oportunidade para confessar o Senhor:

“Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Pedro, o Apóstolo, perante os habitantes de Jerusalém, após o Pentecostes, cf. At 2.36).
Pedro tornou-se figura emblemática do cristianismo. Quanto ao segundo, Pilatos, a história não pode atestar o mesmo!

Irmãs amadas e irmãos amados, não apenas confessem o Senhor Jesus Cristo em suas vidas: sejam, também, instrumentos para que outros façam o mesmo. Perto está o Senhor!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O relacionamento com Deus através do serviço cristão

Na antiguidade, Deus apresentou as diretrizes do relacionamento que deseja manter com o seu povo, nos termos expressos em Deuteronômio 10.12:

“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma”. (Dt 10.12)
As mesmas condições postas a Israel foram repostas aos cristãos, com uma ênfase especial na fé e no amor. Quando um cristão vai à Igreja, lê a Bíblia, ora a Deus ou recebe a Ceia do Senhor sem uma devoção sincera, ele faz-se legalista. No cristianismo, a relação perfeita com o Divino decorre da comunhão com Jesus Cristo e sua Igreja; e isto, mediante uma fé sincera nEle e um amor incondicional por Ele, resultando numa religiosidade prática que realça o verdadeiro valor e o real sentido do servir.

“Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mc 10.45)

Servir ao Senhor é à Igreja é o mais elevado privilégio do cristão, neste mundo! Ao proceder assim, o cristão assemelha-se a Cristo!

Nesse sentido, alguns princípios básicos devem ser observados.

Primeiro, servir ao Senhor exige prontidão!

O cristão deve estar sempre atento e pronto para servir ao Senhor. Como é gratificante quando uma pessoa lembrada e solicitada para um cargo ou função na Obra apresenta-se para servir. Essa pessoa, certamente, crescerá espiritualmente, amadurecerá emocionalmente e prosperará ministerialmente.

O profeta Elias precisava de alguém para o ajudar, achou Eliseu lavrando, chamou-o e ele o seguiu (1Rs 19.19-21).

Jesus necessitou de homens para serem iniciados no apostolado, encontrou Pedro e André, Tiago e João, todos trabalhando; chamou-os e eles o seguiram (Mt 4.18-22).

Paulo e Silas receberam um chamado para a Macedônia, não alegaram dificuldades ou cogitaram impedimentos; procuraram partir de imediato, entendendo que Deus os convocava para anunciarem o Evangelho naquela cidade (At 16.10).

Um incerto discípulo pediu que Jesus deixasse ele ir, primeiramente, sepultar seu pai; a resposta de Jesus foi contundente: “Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.” (Mt 8.21-22).

Paulo deixou-nos ensino e exemplo do quão sacrificial é o serviço cristão (1Ts 2.8-9). Ninguém deve negligenciar o serviço cristão por acúmulo de atividades seculares. Deus não chama desocupados!

Segundo, servir ao Senhor é obediência a uma ordem Divina!

Israel estava no deserto, próximo à terra prometida, Canaã, quando recebeu uma ordem seguida de uma promessa: “Servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.” (Ex 23.25).

O profeta Isaias e o apóstolo Paulo viveram em sintonia perfeita com esta palavra:

“Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse.” (Is 1.19-20).

“Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co 9.16).

O próprio Jesus foi exemplo de serviço e obediência ao Pai:

“Entretanto, os discípulos teimavam com Jesus para que comesse qualquer coisa. Mas ele respondeu-lhes: Eu tenho uma comida que não conhecem. Os discípulos começaram a dizer entre si: Será que alguém lhe trouxe de comer?” (Jo 4.31-33).

Terceiro, servir ao Senhor é ajudar ao próximo!

A vida é difícil para todos; mas, alguns há que tem mais dificuldades que outros. Aliviar as sobrecargas de outras pessoas é uma forma de serviço cristão. Paulo já dizia: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”. (Gl 6.2).

Esse tipo de serviço também é um testemunho de amor a Cristo. Provavelmente, Tiago tenha falado que a fé sem as obras é morta, exortando quanto à responsabilidade do cristão na prestação do serviço visando ao bem comum: “... aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tg 4.17).

Quem ajuda o próximo, enobrece sua própria vida e valoriza a si mesmo. Disse Jesus:

“E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” (Mt 10.42).

Quarto, servir ao Senhor produz alegria e prazer!

Davi reconheceu isto, ao dizer: "agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei." (Sl 40.8).

O próprio Jesus ensinou isto: "O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro." (Jo 4.36).

Certa vez Jesus enviou setenta discípulos numa ação extremamente inóspita (Lc 10.3-11). É maravilhoso observar a euforia deles, após o cumprimento da missão que lhes foi dada:

"Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!" (Lc 10.17).

Os cristãos macedônios, superando suas próprias adversidades, “na medida de suas posses e mesmo acima delas”, apresentarem-se voluntariamente e com enorme alegria pedindo o privilégio de levantar recursos para socorrer os crentes pobres da Judeia (2Co 8.1-5).

Irmãs amadas e irmãos amados, nada é mais prazeroso do que servir ao Senhor. Experimentemos essa vertente tão especial de relacionamento com Deus!

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Pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude (Sede: Catedral da Plenitude, Natal/RN). Professor do Instituto Federal do RN (Campus: Central, Natal/RN).