"... para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." (Ef 3.19)

Blog consagrado à divulgação de breves reflexões do pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude.
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sexta-feira, 24 de julho de 2009

A excelência da gratidão

A ação de graças é uma das mais sublimes atitudes da pessoa humana. A Bíblia é pródiga em apresentar cenários tendo como atores destacadas figuras do seu elenco de mulheres e homens de Deus, estabelecendo um verdadeiro padrão de comportamento dos integrantes do Reino.

Êxodo 15.1, revela o legislador Moisés conduzindo os filhos de Israel à presença do Senhor e dizendo: "Cantarei ao Senhor, porque sumamente se exaltou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".

Rute 1.16-17, apresenta um dos mais belos quadros de gratidão, na pessoa da moabita Rute para com sua sogra Noemi. O texto mostra o cuidado amoroso e o sacrifício dos interesses próprios dessa jovem em benefício de um ascendente familiar, numa inequívoca associação entre o amor devotado e a verdadeira prática religiosa do povo de Deus.

1 Crônicas 16.7, aponta o rei Davi ante o resgate da arca divina, entregando a Asafe um salmo para que o nome do Senhor fosse louvado pelos seus grandes feitos entre os povos; semelhante ao ocorrido quando do lançamento dos alicerces do Templo, em Jerusalém:

"E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao SENHOR, porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel" (Esdras 3.11).
Jonas 2.9, mostra o profeta fujão, antes de ser vomitado pelo grande peixe na praia, bradando: "Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei; do Senhor vem a salvação".

Lucas apresenta o leproso samaritano aos pés de Jesus, agradecendo-lhe pela cura milagrosa (o mesmo Jesus que, antes de saciar a grande multidão, agradecera pelos cinco pães e dois peixes dados aos seus discípulos):
"E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?" (Lc 17.16).
Cada vez menos, homens e mulheres sabem reconhecer o bem recebido de seus semelhantes ou do próprio Deus; e, menos ainda, sabem demonstrar concretamente esse sentimento. Entretanto, a omissão dessa virtude jamais deveria ofuscar o resplendor divino que permeia os verdadeiros cristãos, contrariando o ensino do Mestre e Senhor Jesus Cristo:
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.16).

Irmãs amadas e irmãos amados, exemplos como esses relatados nas Sagradas Escrituras devem ser seguidos por todos os homens e mulheres efetivamente adoradores de Deus. Essa é uma atitude positiva do verdadeiro cristão!

sábado, 18 de julho de 2009

Como reconhecer a igreja verdadeira? (parte 1)

Antes de tudo, é conveniente dizer que a igreja verdadeira não pode ser identificada a partir da suntuosidade ou do despojamento de seus templos; da pompa ou da singeleza de sua liturgia; ou, ainda, da terminologia usada em sua denominação ou na razão social.

A igreja verdadeira deve ser reconhecida através da manifestação de alguns sinais externos que reflitam a sua natureza e essência, e que a identifiquem com o seu fundador: Jesus Cristo.

O primeiro desses sinais é a unicidade - qualidade do que é único ou uno, de cujo gênero ou espécie não existe outro.

A igreja de Jesus Cristo é una. Na prática, isto significa que todos aqueles que verdadeiramente pertencem a ela são um só povo; o que se encontra claramente revelado no texto do Apóstolo Paulo aos Efésios, cap. 4, vers. 4 a 6.

"... há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só
esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.”

Ao definir a existência desse corpo espiritual único, gerado de uma só fé, nascido de um só batismo e mantido por um só Espírito, o Apóstolo conclama a igreja verdadeira a preservar essa unidade pelo “revestimento do amor, que é vínculo da perfeição” (Cl 3.14), sentimento e prática que regem as mais elevadas ações do homem e que resulta na paz.

O segundo sinal é a santidade - qualidade daquele que é santificado ou estado daquilo que é santo, ou seja, separado dos demais. A igreja de Jesus Cristo é santa, por natureza. Na prática, todo indivíduo verdadeiramente cristão é santo porque está unido a Cristo, separado para Ele e revestido com Sua perfeita justiça, conforme ensina o Apóstolo Pedro:

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para
a sua maravilhosa luz”.
(1Pe 2.9)

Pedro, apesar de hebreu, compreendeu perfeitamente o status da geração eclesiástica, anteriormente não contemplada na Lei; mas, agora, responsável pelo elevado propósito de proclamar as virtudes do Altíssimo a toda a humanidade.

A igreja verdadeira, na conformidade da doutrina paulina, tem sua vida terrena pautada na santificação, cuja conseqüência é a vida eterna na presença de Deus.

“Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso
fruto para santificação, e por fim a vida eterna."
(Rm 6.22)

Tratemos agora de um outro sinal - a universalidade - tendo como caráter uma proposição universal que abrange a todos e não admite excepcionalismos no acesso de pessoas ao Reino.

O fundamento expresso em Mateus 28.19 - "ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" – é o imperativo dessa ’inclusividade’, mediante a qual todo indivíduo tem um lugar assegurado na igreja, independente de atributos pessoais, como: cor, raça, nível social, capacidade intelectual ou antecedentes morais.

João, o evangelista, viu "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos", conforme escrito em Apocalipse 7.9. Isto desautoriza, também, as barreiras segregacionais do denominacionalismo cristão, independente do apegos a correntes históricas, tradicionais, pentecostais ou neopentecostais.

A igreja verdadeira mantém os princípios universais da morte e da ressurreição de Cristo, o qual voltará para todos os que optarem por Ele em vida, na Sua vinda gloriosa!

Irmãs amadas e irmãos amados, se verdadeiramente somos "a igreja do Senhor", também estejamos preparados para esse fenomenal evento!

sábado, 11 de julho de 2009

Como reconhecer a igreja verdadeira? (parte 2)

Além da unicidade, da santidade e da universalidade – já tratados, neste blog – um outro sinal externo pelo qual a igreja verdadeira pode ser reconhecida é a apostolicidade.

O conceito de apostolicidade está associado ao reconhecimento do "fundamento dos apóstolos": Jesus Cristo é a pedra principal da esquina do edifício espiritual chamado "a igreja", conforme citado por Paulo (Ef 2.20) e ilustrado por Pedro (1Pe 2.4).

“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Ef 2.19-20).
“E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa” (1Pe 2.4)
Essencialmente, essa "pedra viva ... eleita e preciosa" é a base sobre a qual está firmada a igreja verdadeira. Alicerçada nesse fundamento inabalável formou-se a "doutrina dos apóstolos", parte fundamental e indissociável das Santas Escrituras. E a igreja verdadeira não apenas reconhece mas, principalmente, exerce a autoridade e pratica o ensino apostólico, no que confirma sua vocação.

A apostolicidade não é coisa do passado: é atualidade e é futuro: ao vislumbrar "a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu, com a glória de Deus", João identificou em seus muros doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21.10-4).

O quinto sinal externo da igreja verdadeira é a cristocentricidade. Já apregoava o reformador João Calvino: "Onde quer que vejamos a Palavra de Deus pregada e ouvida em toda a sua pureza e os sacramentos ministrados segundo a instituição de Cristo, não há dúvida de que existe uma igreja de Deus".

Indubitavelmente, na igreja cristã, Jesus Cristo é o centro da pregação e o cerne dos sacramentos. Aliás, Ele é a Palavra da vida: o que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos tocaram, segundo expresso em 1Jo 1.1.

Um organismo que tem Jesus como o centro de sua existência real e permanente, redivivo e imanente; foco de emanação da luz que reflete a plenitude da divindade e ilumina a mente humana; sem dúvida é a verdadeira igreja do Senhor!

Finalizando, o sexto e último sinal externo pelo qual a igreja verdadeira pode ser reconhecida é ser missionária. A igreja deve pregar o evangelho e sentir-se responsável pelo bem-estar moral e espiritual dos homens, além de manifestar um verdadeiro interesse pelos socialmente excluídos (os "pobres e necessitados", sob diversos aspectos).

Para manter sua antenticidade, é indispensável que a igreja cumpra a vontade determinativa e imperativa de Jesus Cristo, expressa nas passagens bíblicas de Mc 16.15 ("ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura") e de At 1.8 ("ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra"), entre outras.

Irmãs amadas e irmãos amados: a verdadeira igreja é bem aventurada por fazer chegar o Reino de Deus aos homens (Lc 10.1-10). À margem desse modelo, a igreja será uma figura informe e enegrecida e tornar-se-á uma negativa do Senhor!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O que é "bênção"?

Essa pergunta feita à época de Esdras ou Neemias, a qualquer desses dois homens de Deus, provavelmente teria recebido uma resposta curta e objetiva, do tipo: "bênção é a boa mão de Deus sobre nós". Natural supor isto pois eles foram pródigos no uso de expressões semelhantes em seus livros.

Mas, também podemos dizer: "bênção é ter Deus entre nós" ou "Deus conosco"!

No Antigo Testamento, em geral, a palavra está em conexão com "bem-estar terreno" (a exemplo de: segurança, poder, riqueza e prole numerosa) e está expressamente condicionada a uma irrestrita obediência do beneficiário aos mandamentos de Deus:

"Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes" (Dt 11.26-28).

Para o "povo terreno de Deus" (a nação Israel) foram prometidas bênçãos terrenas (Gn 49); enquanto para "o povo celestial de Deus" (a Igreja) há uma inequívoca tendência para a concessão de bênçãos celestiais, conforme se depreende dos seguintes textos: At 13.34; Rm 15.29; 1Co 10.16; 2Co 9.5; Gl 3.14; Ef 1.3; Hb 6.7; Hb 12.17; Tg 3.10; 1Pe 3.9.

Entretanto, a mais extraordinária bênção concedida por Deus aos homens (inicialmente, aos judeus; depois, a toda a humanidade) é o "Emanuel" - título aplicado ao Messias, Jesus Cristo!

"Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” (Is 7.14).

"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco)." (Mt 1.23).

Por ser um embaixador de Cristo, Paulo podia dizer: "E bem sei que, ao visitar-vos, irei na plenitude da bênção de Cristo" (Rm 15.29).

Irmãs amadas e irmãos amados, vivamos no Senhor - n'Ele, por Ele e para Ele. Essa é a bênção maior do cristão!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A memória de Deus

Dizer que Deus não esquece é redundância quando considerados, na integralidade, o seu Ser Absoluto; e as peculiaridades de alguns atributos da Sua Personalidade - mui especialmente a Imutabilidade (Deus não muda) e a Onisciência (Deus tudo sabe).

Mesmo que os verdadeiramente crentes considerem desnecessário, é prazeroso e didaticamente produtivo conferir, na própria "Palavra de Deus", algumas citações que confirmam essa verdade.

Que tal iniciar com a palavra profética, transmitida por Isaías (49.14-15): "Mas Sião diz: Já me desamparou o Senhor; o Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti."

Para exemplificar como Deus não esquece dos seus filhos ou do seu povo, observe como Ele lembrou: 1) de Noé e o salvou (Gn 8.1); 2) de Abraão e ouviu sua oração (Gn 19.29, 105.42); de Raquel e atendeu ao desejo do seu coração (Gn 30.22); de Ana e lhe deu Samuel (1Sm 1.19); até mesmo do ladrão na cruz Ele não esqueceu (Lc 23.42).

De igual forma, irmã amada e irmão amado, Ele não esquece de você. Creia nisto e ore como orou o Salmista (106.4,5):

"Lembra-te de mim, SENHOR, segundo a tua boa vontade para com o teu povo; visita-me com a tua salvação. Para que eu veja os bens de teus escolhidos, para que eu me alegre com a alegria da tua nação, para que me glorie com a tua herança".

Quem sou eu

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Pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude (Sede: Catedral da Plenitude, Natal/RN). Professor do Instituto Federal do RN (Campus: Central, Natal/RN).