Ao discorrer sobre a inteligência espiritual, Gardner propõe alguns significados para a mesma, como “a preocupação com as questões cósmicas” e “o efeito nos outros”.
Segundo esse autor, o primeiro significado evidencia “relações com experiências e entidades cósmicas difíceis de ser apreendidas, pois não fazem parte de um mundo materializado”, as quais "vão além do que se pode perceber diretamente e incluem os mistérios da nossa própria existência e das experiências que cada um tem com a vida e com a morte”.
No segundo, o realce é para indivíduos que são considerados ‘espirituais’ pelos efeitos que causam em outras pessoas, tanto por suas atividades quanto por sua existência; esses efeitos - segundo o autor - podem ser benignos (como a abnegação de alguns líderes religiosos) ou malignos (com condutas semelhantes às de Nero, Hitler e outras personalidades históricas).
Há amparo para o conceito de inteligência espiritual, nas Sagadas Escrituras. Porém, a qualificação bíblica de indivíduo dotado desse tipo de inteligência exclui aqueles que se alinham com as forças do mal.
Paulo, apóstolo, escrevendo à igreja em Colossos, trata desse aspecto "relacionado ao espírito humano ou alma racional, como a parte do homem que é semelhante a Deus e serve como seu instrumento" (Cl 1.9, à luz do Léxico Hebraico, Aramaico e Grego, de James Strong; SBB, 2002; 2005, S. H8679).
Irmãs amadas e irmãos amados, jamais esqueçamos as afirmativas bíblicas: "apartar-se do mal é a inteligência" (Jó 28.28) e "não há inteligência contra Deus" (Pv 21.30).