"... para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." (Ef 3.19)

Blog consagrado à divulgação de breves reflexões do pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude.
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sábado, 22 de agosto de 2009

A Teologia da Prosperidade

Ouvi de um dos novos membros da igreja uma pergunta que tem se tornado cada vez mais frequente, no meio evangélico: “Pastor, o que o senhor acha da teologia da prosperidade?”

Antes de responder a uma pergunta feita nesses termos, costumo dizer, em tom de amenidade, que “raramente eu ‘acho’ alguma coisa; e, quando acho, sempre imagino que alguém perdeu...”
Porém, é razoável supor que a pessoa que faz uma pergunta como essa está interessada em saber, não apenas, a opinião de alguém mais abalizado; mas, também e principalmente, sobre a base bíblica de determinados temas correntes na sociedade.

Entendo, ainda, que em determinados assuntos, opiniões precipitadas podem ser desastrosas para a formação do caráter cristão, especialmente quando tratam-se de neófitos na fé; razão pela qual opto por estimular o interessado a estudar as Escrituras, orientando-o na consulta de uma literatura paralela, de fontes confiáveis, que subsidie a sua investigação.

Para responder, objetiva e sinteticamente, acerca dessa doutrina, algumas informações podem ser compiladas.

A “teologia da prosperidade” pode ser definida como um conjunto de princípios que defendem o direito do cristão exigir de Deus a absoluta felicidade, ainda na vida terrena.

Esse ideário teve início há cerca de meio século, nos EUA, com um pastor pentecostal oriundo de igrejas batista e metodista, por nome Essek Kenyon. É evidente a influência das filosofias metafísicas que levaram Kenyon a proclamar o poder do pensamento positivo.

Posteriormente, um outro pastor e discípulo de Kenyon, por nome Kenneth Hagin, igualmente com passagem por igrejas batista, assembleiana e pentecostal; dizendo ter recebido uma revelação divina sobre Mc 11.23,24, proclamou que tudo pode ser obtido de Deus através da confissão em voz alta, sem nunca duvidar, mesmo que as evidências indiquem o contrário (confissão positiva).

Em tese, a teologia da prosperidade se apoia em três princípios básicos: a autoridade espiritual duma “nova unção”, a libertação da maldição da lei pelo absolutismo de Is 53.4,5 e a “confissão positiva”; tendo como fórmula: diga, faça, receba e divulgue a ‘coisa’ desejada.

Entretanto, a teologia da prosperidade contraria princípios doutrinários basilares do Evangelho de Jesus Cristo, indelevelmente marcado por uma opção preferencial pelos desvalidos e excluídos da sociedade dos homens. Em essência, ela confunde a ‘verdadeira prosperidade’ conferida aos homens de Deus com a ‘falsa prosperidade’ pregada pelos ilusionistas da fé.

Aliás, opiniões bem mais contundentes acerca dessa doutrina têm vindo de alguns proeminentes líderes cristãos evangélicos, a exemplo de pregação recente e fartamente divulgada no YouTube, do Pr. Donnie Swaggart, cujo pensamento se segue:

“Estou cansado que o povo de Deus seja enganado. Nós não precisamos de mais cafetões da prosperidade liderando a igreja no espírito da idolatria! Eu digo: nós não precisamos de mais cafetões da prosperidade conduzindo a igreja no caminho da destruição!”

Irmãs amadas e irmãos amados, a Bíblia ensina o suficientemente claro acerca desse assunto e estabelece alguns princípios que regem a verdadeira prosperidade:

“Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam.” (Sl 122.6).

“Guardai, pois, as palavras deste concerto e cumpri-as para que prospereis em tudo quanto fizerdes.” (Dt 29.9).

“Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás.” (Js 1.8).

“Por que quebrantais o mandado do Senhor? Pois isso não prosperará.” (Nm 14.41).

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mc 6.33).

Quem sou eu

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Pastor presidente da AD - Ministério da Plenitude (Sede: Catedral da Plenitude, Natal/RN). Professor do Instituto Federal do RN (Campus: Central, Natal/RN).